Diabetes, a doença silenciosa
No mês de novembro muito se fala sobre o Diabetes, uma doença silenciosa, que muitas vezes é desenvolvida devido a maus hábitos alimentares
Imagine que neste momento enquanto você está parado, assistindo a TV ou lendo um livro, no interior do seu corpo, suas células e seus órgãos, estão trabalhando insanamente para que você possa continuar a ler e a assistir a TV. Entretanto, enquanto você não sente, pode ser que algumas doenças, possam estar se desenvolvendo em seu corpo, umas das doenças que fazem isso é o Diabetes.
A síndrome metabólica de origem múltipla, também conhecida como Diabete Mellitus pode estar associado a problemas genéticos, a uma falta de bons hábitos alimentares e a gestação (por mais surpreendente que seja). Neste texto, você poderá conferir mais sobre a doença e entender os sintomas.
Entretanto, devemos ressaltar que os sintomas apresentados neste texto, podem se referir a outros tipos de doenças também, por isso, qualquer diferença em seu corpo, ou se notar diferença no comportamento de um familiar, vá ao médico ou converse com o seu familiar para realizar um checkup mesmo que você (ou seu familiar) não goste de médicos (vamos falar sobre isso em breve).
Mas como isso funciona?
O seu pâncreas é responsável por produzir um hormônio chamado insulina que tem como missão levar o açúcar presente em seu sangue para as suas células. Esse açúcar, será fonte de energia para suas células, por isso, o pâncreas precisa funcionar corretamente.
Porém, pode acontecer por fatores genéticos, que o seu pâncreas não consiga produzir a insulina suficiente para levar este açúcar às células, ou ainda, que você consuma muito açúcar diariamente e a quantidade de insulina produzida por você não seja suficiente para conduzir este açúcar produzido em grande quantidade para o seu sangue então, a partir daí seu corpo começa a rejeitar a insulina. Nestes dois casos o final é sempre o mesmo: a açúcar aumenta em seu sangue e então você desenvolve o diabetes.
Algumas pessoas acreditam que diabetes é sempre o mesmo, porém, o diabetes pode se apresentar de três maneiras distintas: Diabetes tipo I, Diabetes tipo II e ainda a Diabetes Gestacional. É importante ainda falar em um estágio extremamente importante chamado Pré-diabetes.
Novidade: Pâncreas artificial poderá ser comercializado no Brasil
Já testado e utilizado em outros países, a boa notícia é que o Pâncreas artificial, que é um dispositivo para monitorar níveis de glicose no sangue para diabéticos do tipo 1 e também para ajustar os níveis de insulina injetados no organismo poderá ser comercializado no Brasil. Atualmente, o produto ainda não é vendido, mas a previsão é de que até 2018 ele já esteja sendo disponibilizado, segundo o artigo publicado em julho deste ano, da revista científica “Diabetologia”.
E para que a liberação do pâncreas “artificial” possa acontecer, faltam alguns pequenos ajustes: tempo e velocidade de ação da insulina usada, precisão dos monitores, proteção e segurança cibernética do produto, entre outros.
O que é a Pré-diabetes?

A prevenção está na alimentação
A pré-diabetes é um estágio entre você continuar a viver uma vida saudável ou você desenvolver a doença. Este
estágio é comum na no tipo II da doença (que falaremos mais a frente) e é definido da seguinte forma: quando as taxas de açúcar no sangue estão muito altas, geralmente a pessoa é enquadrada, como diabético, tendo que seguir um tratamento à risca para que não venha a desenvolver mais problemas (lembre-se que o diabetes pode ser fatal).
Entretanto, se as taxas estiverem altas, mas não o suficiente para classificar o indivíduo como diabético, ele se enquadra no que é determinando pré-diabetes. Entretanto, estes casos só acontecem no tipo II, por que no tipo I, os sintomas são outros.
Diabetes Tipo I
O diabetes tipo I, ocorre quando a produção de insulina não é suficiente para conseguir levar o açúcar presente no sangue para as células. O que acontece é que o pâncreas perde a capacidade de produzir a insulina, devido a um problema que ocorre com o sistema imunológico do paciente onde os anticorpos, que são as células que protegem o nosso corpo, acaba por atacar as células que produzem este hormônio.
Isso acontece por que os anticorpos não reconhecem estas células como parte do organismo e sim como um corpo estranho. O diabetes tipo I acorre em cerca de 10% dos pacientes, sendo que neste tipo, os portadores da doença, podem chegar a precisar de injeções diárias de insulina para que o organismo continue a manter os níveis de açúcar no sangue normais. Este é o tipo de diabetes que pode ser diagnosticado em qualquer pessoa, porém sua incidência é com crianças, adolescentes e adultos mais jovens.
Diabetes Tipo II
Diferente do Diabetes Tipo I que é um problema genético, o diabetes tipo II está associado à forma como você leva a sua vida. Se você pratica atividade física e possui uma boa alimentação, você consegue evitar que esta doença apareça. A diabetes tipo II funciona da seguinte forma: primeiramente é importante entender que o portador de diabetes tipo II, consegue produzir insulina.
E a diferença está necessariamente como o corpo metabolizará a glicose que a principal fonte de energia. O paciente portador da doença no tipo II, enfrenta uma resistência à presença da insulina ou ainda não produz insulina suficiente para que os níveis de glicose no sangue fiquem normais. E o que acontece é que se o corpo não consegue produzir insulina suficiente ou resiste à insulina, a glicose em vez de ir para a célula, fica no sangue.
Diabetes Gestacional
A diabetes mellitus gestacional ou intolerância à glicose na gravidez, acontece quando existe uma condição de hiperglicemia, que acontece quando o aumento dos níveis de glicose aumentam no sangue. Este tipo de diabetes não se sabe muito bem como ocorre, porém entende-se que devido a uma maior concentração de hormônios durante a gravidez, causa prejuízos a ação da insulina, fazendo com que em alguns momentos, a glicose esteja um pouco mais alta.
Esta condição acontece geralmente em 4% das gestações e basicamente ela se cura logo após o parto. Porém, a mulher que teve diabetes gestacional está propensa a desenvolver o diabetes tipo II ao longo da vida. Assim, o acompanhamento com o médico se torna extremamente importante.
E os sintomas?
O diabetes tipo 1 possui sintomas bem definidos e que aparecem rapidamente quando o problema se instala. São eles:
- Vontade de urinar diversas vezes ao dia;
- Fome frequente;
- Sede constante;
- Perda de peso (em alguns casos ela ocorre mesmo com a fome excessiva);
- Fraqueza;
- Fadiga;
- Nervosismo;
- Mudanças de humor;
- Náusea e vômito.
Ainda podem ser sintomas de diabetes Tipo I, pele avermelhada quente e seca, dor abdominal, respiração rápida e profunda, dificuldades para acordar. Todos estes sintomas podem aparecer quando se fala de diabetes tipo I.
No diabetes tipo II, os sintomas demoram aparecer, já que muitas vezes o diabetes tipo II demora anos para que seja realmente constatada no indivíduo, pois ela é gradual, ou seja, ela surge aos poucos devido – em sua grande maioria – uma vida sedentária. Entretanto, alguns sintomas podem ocorrer como:
- Infecções frequentes. Alguns exemplos são bexiga, rins, pele e infecções de pele;
- Feridas que demoram para cicatrizar;
- Alteração visual (visão embaçada);
- Formigamento nos pés e furúnculos;
- Vontade de urinar diversas vezes;
- Fome frequente;
- Sede constante.
Ainda existem os fatores de risco para o diabetes tipo II, que são:
Idade acima de 45 anos;
Obesidade e sobrepeso;
Diabetes gestacional anterior;
Histórico familiar de diabetes tipo 2;
Pré-diabetes;
Sedentarismo;
Baixos níveis de colesterol HDL;
Triglicerídeos elevados;
Hipertensão;
Consumo elevado de álcool.
Chia tem poder antioxidante
Recentemente a Unicamp divulgou um pesquisa em que testou o uso de chia. A pesquisa revelou que o grão pode ser benéfico contra o diabetes, pois contém substância antioxidante na semente e no óleo. Além de ser nutritiva, pode ajudar na prevenção da doença.
A diabetes é uma doença silenciosa, principalmente em seu tipo II, pois a pessoa pode ter e ainda não saber. E quando descobre é por outros problemas, não necessariamente por algum sintoma, já que os sintomas aqui citados, em vários momentos são deixados despercebidos. Diabetes pode ser letal e todo o cuidado é pouco. Seu não controle, pode levar o indivíduo à cegueira, insuficiência renal, disfunção erétil e em nos casos mais severos, amputação de membros. Além disso, os médicos alertam: O diabetes pode ser mais perigoso na terceira idade, pois, além dos problemas econômicos e a dificuldade em controlar os medicamentos ou ainda os problemas de se aplicar a insulina, muitas vezes a própria família atrapalha todo o tratamento, quando oferece doces ao paciente doente.
Lembrando aqui, que independente de ser diabético ou não, é muito importante que o idoso busque ter uma alimentação saudável e procure periodicamente especialistas da saúde, inclusive o nutricionista.
Praticar atividade física é muito importante para manter uma vida saudável procure orientação médica sempre para saber o que é ideal para você ou o seu familiar.
A doença pode assustar, mas com o diagnóstico e o tratamento precoce é possível reduzir o risco das complicações
que o diabetes pode provocar, por isso, cuide bem da sua saúde e de seus familiares, e esteja sempre atento aos cuidados com os idosos.
Prevenção para uma uma vida com longevidade saudável e mais feliz, conte conosco para isso.
Consulte seu médico. Nenhuma pesquisa na internet vai substituir a orientação do profissional.
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